domingo, 29 de janeiro de 2017

Precisamos falar sobre o Oscar 2017



Ano da redenção!!! Depois da tão criticada edição de 2016, com pouquíssima representatividade, a Academia promove uma premiação multicultural, com grande presença negra e uma gama de histórias que promovem inúmeras reflexões. Temos cinema arte, engajado, poético, blockbuster, independente e musical. Há tempos não tínhamos uma premiação tão mista, oportunizando aos amantes da sétima arte entrar em contato com diferentes formas e gêneros.
Não farei aqui um comentário sobre cada categoria, pois durante as próximas semanas estaremos postando nossas apostas. Hoje vamos falar sobre as três categorias mais concorridas do ano, Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, categorias que expressaram o poder multicultural da grande tela em 2016.




A categoria de Melhor Filme é sempre a mais difícil, a Academia pode indicar até dez filmes, e poderia, ao meu ver faltou Deadpool, só para os fãs de super-heróis se sentirem representados, até porque foi o melhor filme do gênero feito até o momento, mas esse ano foram nove indicados, abarcando vários gêneros, tem para todos os gostos. A Chegada , melhor ficção científica de 2016 não poderia ficar de fora, filme lindo e inteligente, o grande blockbuster da premiação. Manchester á Beira-Mar , um filme triste, com atuações e fotografia marcante, uma história factual, onde pequenos gestos determinam grandes acontecimentos. Moonlight, essa história é de tirar o fôlego, representante LGBTQ da premiação, a história de Chiron é fascinante, mostrando a busca por amor e aceitação, mesmo onde há o desespero e a desestruturação social. Fences, como sempre falo, qualquer filme que tenha Viola Daves e Denzel Washington como casal protagonista já vale uma estatueta, a história, baseada na peça de teatro com o mesmo nome e interpretada pelo mesmo casal, nos mostrará o poder da família e a luta por dignidade, detalhe importante, Denzel dirige o filme. Estrelas Além do Tempo, o filme inspiração da premiação, fala de empoderamento feminino, de luta contra o preconceito racial e igualdade, com uma chuva de divas (Octavia Spencer, Janelle Monáe e Taraji P. Henson). O representante estrangeiro da indicação, Lion, é aquela história que vai te fazer chorar horrores, que irá te mostrar paisagens belíssimas e interpretações viscerais, temos aqui o grande retorno de Nicole Kidman. A Qualquer Custo  é um drama policial, que mostra a decadência do interior dos EUA. Até o Último Homem  é o representante do patriotismo norte-americano na premiação, nos contando a história de um cristão que se recusa a pegar em armas durante a Segunda Guerra Mundial. Deixei La La Land  por último de propósito, o musical que evoca uma das mais belas homenagens ao cinema arte e nos apresenta um dos casais mais shipados do momento, Emma Stone e Ryan Gosling, tem tudo para se tornar o grande coletor de estatuetas douradas de 2017. 

Isabelle Huppert, Ruth Negga, Emma Stone, Natalie Portman e Meryl Streep.

Falando das interpretações femininas, as cinco Deusas que concorrem na categoria de Melhor Atriz merecem a estatueta. Tem de tudo nessa indicação, o que torna o prêmio ainda mais concorrido. Isabelle Huppert, francesa, protagonista de Elle , filme que provoca uma série de sentimentos e discussões sobre o estupro e a reação da vítima, uma das atuações mais fortes de 2016. Ruth Negga, indicada por Loving, corre por fora na premiação, mas atua em uma história de amor e luta contra segregação racial, que nos leva a sofrer e ficar felizes com a evolução de sua história. Emma Stone, brilhando em La La Land , o maior papel e a maior atuação da jovem atriz, que além de cantar, dança lindamente. Natalie Portman, deslumbrante no papel da primeira-dama Jacqueline Kennedy em Jackie , uma atuação digna e fortíssima. Meryl Streep, diva, maravilhosa, poderosa, dona do cinema e rainha da interpretação, recebe sua 20ª indicação por Florence: que mulher é essa?, mostrando que tem um lugar cativo na categoria.
Momento Indignação: Amy Adams, foi a grande surpresa negativa do ano, pois todos davam certo como uma indicação por A Chegada  ou Animais Noturnos , mas a Academia deu aquela “esnobadinha” básica. Já vimos esse filme com Leonardo DiCaprio.

Viola Davis, Naomi Harris, Nicole Kidman, Octávia Spencer e Michele Willians 
Na categoria de atriz coadjuvante, temos o maior símbolo da representatividade dessa edição, três Divas do cinema e negras, concorrem na categoria que tem atuações que vão te deixar no chão. Octavia Spencer por Estrelas Além do Tempo , corre por fora, mas brilha em seu papel. Viola Davis, Diva Máxima dos últimos anos, a grande favorita, indicada por Fences . Naomie Harris, brilhante em Moonlight, trabalha com uma personagem extremamente difícil na construção da história principal, te levando a criar uma gama de sentimentos conflitantes pela personagem. Michelle Williams, indicada por Manchester á Beira-Mar , com aparições pontuais na história, mas que afinam e definem o entroncamento do roteiro. Nicole Kidman por Lion, Diva em grande retorno, com uma atuação de doer o estômago, nos leva a repensar o papel de ser mãe, uma belíssima presença em um filme tão belo.    

Como vimos, a representatividade é marca dessa edição, uma forma de protesto, um protesto artístico, contra o novo presidente dos EUA, Donald Trump. As artes devem sempre lutar contra o retrocesso, contra os muros e contra a violência que a ignorância gera. A Academia está de parabéns, recupera sua imagem e nos mostra que a sétima arte é capaz de nos aglutinar em prol de um mundo sem fronteiras.
A premiação acontecerá no dia 26 de Fevereiro, no meio do Carnaval, às 21:00 no canal pago TNT, e sim, aqui teremos muito capacidade de opinar!!! Estarei acompanhando tudo com muita serpentina, glitter e purpurina!!!
                 

sábado, 28 de janeiro de 2017

Música: 10 bandas indies para você conhecer, viciar (e se apaixonar)


Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Uma das coisas que eu mais amo (fora livros haha') é música! Praticamente tudo que faço eu coloco alguma música para tocar, parece que meu cérebro fica mais ativo quando ouve alguma melodia. 
E um dos meus estilos favoritos do momento é o Indie. Esse gênero musical é uma ramificação do bom e velho Rock.

Você já deve ter ouvido falar em Indie Rock/Indie Folk ou Rock Alternativo. Ou vou melhor explicar: Você já deve ter se deparado com alguma música que achou legal (algumas tocam em comerciais), mas ela era de uma banda estranha e desconhecida, uma das características para definir uma banda Indie.
Indie é uma abreviação do termo em inglês independent (independente), surgiu no Reino Unido e remete ao estilo cultural que foge das grandes produções, empresas ou distribuições, pois querem preservar sua identidade, evitando ser dominados e padronizados pela Indústria Musical. O gênero marcado por selos de gravadoras com suas produções independentes, vem ganhando seu espaço, ficando cada vez mais populares, sobretudo na internet.
As letras das bandas deste estilo falam geralmente da complexidade dos relacionamentos, problemas de adaptação à sociedade, timidez e da juventude contemporânea.

Algumas bandas tem ganhado destaque, sendo convidas para tocar em grandes festivais, por exemplo, o Lolapalloza, que abre mais espaço para bandas desse estilo. 
Há bandas/cantores Indies que são bastante conhecidas, como Arctic Monkeys, Florence and The Machine, Lana Del Rey, Lorde, The Smiths, Jake Bugg, The Kooks, Arcade Fire, Imagine Dragons, Snow Patrol e The Strokes. Apesar de sua popularidade e estarem em gravadoras de grande porte, continuam com toda sua autenticidade. 

Enfim, agora que dei uma breve explicada sobre esse gênero, eu separei 10 bandas (que eu adoro e algumas da lista foram indicações da minha irmã ) para você se aventurar no estilo Indie.

1. Belle and Sebastian



2. Ages and Ages



3. Band of Horses



4. Beirut



5. Marble Sounds



6. The Paper Kites



7. The Vaccines



8. Sea Wolf



9. The Decemberists



10. Bombay Bicycle Club




Espero que tenham gostado das indicações. Foi difícil escolher somente 10, talvez mais pra frente, eu faça uma parte II, existem muitas bandas ótimas.
Então, coloque seus fones e boa música para todos!



quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Resenha: Infinito + um



Título: Infinito + um
Autora: Amy Harmon
Páginas: 334
Editora: Verus

"Infinito + um" é um New Adult, escrito pela norte-americana Amy Harmon, autora do sucesso “Beleza Perdida”. Teve sua publicação em 2015 pela editora Verus.
O livro foi inspirado na história real de Bonnie Parker e Clyde Barrow, um casal de criminosos norte-americanos que cometeram vários assaltos no interior dos EUA na década de 30, que foram mortos por diversos tiros em seu carro durante uma fuga dos policiais. Eles são citados diversas vezes no livro, intercalando entre ficção e realidade. Porém, nessa história criada por Amy Harmon, os personagens Bonnie Rae Shelby e Finn Clyde não cometeram nenhum crime, mas durante a história são acusados de coisas que não cometeram.

Nessa história, conhecemos Bonnie Rae Shelby e Infinity James Clyde, mas prefere ser chamado de Finn. Bonnie Rae é uma jovem cantora popstar country (lembra um pouco a Taylor Swift lá nos tempos de “Love Story” e “Fearless") de 21 anos, rica e famosa, considerada a “Queridinha da América”, que após a morte da sua irmã gêmea Minnie, sente que perdeu sua metade, a sua identidade, sentindo-se vazia. Não esteve com a irmã em seus últimos momentos de vida por conta de seu trabalho, o que deixa Bonnie ainda mais mais arrasada. Cansada dessa vida de estrela e, ainda mais, de ser controlada pela avó que cuida de sua carreira e só pensa em dinheiro, vivendo em um mundo que já não faz mais sentido para ela. No final de sua turnê, em um momento de desespero, Bonnie Rae foge, cortando seu cabelo, pega somente um moletom e a bolsa de sua avó e anda sem rumos em uma noite fria em Boston, quando se depara com uma ponte e pensa em fazer algo para aliviar toda a angústia que carrega consigo: acabar com a sua vida, acabar com tudo.
Mas a vida lhe reserva outro destino, na mesma hora um rapaz passava e vê alguém pendurado em uma grade na ponte, se aproxima tentando conversar e convencer Bonnie a não fazer tal loucura (achando que Bonnie era um garoto, pois ela estava de moletom largo, capuz e cabelos curtos). Quando vê que se trata de uma garota, aparentemente estava confusa e assustada, fica chocado, tentando ajuda-la.

“Então ela olhou, e Finn viu algo que tinha visto em mil rostos nos últimos seis anos e meio. Ela estava desolada, sem esperança, exausta, inexpressiva. Era um olhar com o qual ele tinha lutado em seu próprio reflexo. Era derrota.”

Finn Clyde é um rapaz de 24 anos, considerado um “zé-ninguém”, ex-presidiário, na qual permaneceu por cinco anos por causa de um crime que não cometeu. Ele é um gênio da matemática, muito sensível e tudo que quer é uma nova chance na vida, por isso está deixando a cidade para tentar a sorte em Las Vegas. Bonnie sem saber para onde ir, inventa que está indo para o mesmo caminho e convence Finn a levá-la com ele nessa viagem. Cruzando várias cidades dos Estados Unidos, o que poderia ser uma viagem de poucos dias, foi repleta de imprevistos, entre passagens rápidas a supermercados e hotéis, os dois vão parar nas manchetes do jornal, sendo procurados pelas autoridades americanas. Vale ressaltar que Finn não sabia quem era Bonnie Rae de início, só depois que Bonnie mostra e fala quem ela realmente é. Finn tenta por várias vezes colocar na cabeça da garota voltar para casa, vendo que não será cedido, procura mantê-la protegida, por mais estranho que seja, Finn queria cuidar de Bonnie e não sabia o que aquela garota tanto o deixava balançado.
Ao longo do livro, descobrimos que seus caminhos se cruzaram não foi á toa... Apesar de serem diferentes, suas vidas têm pontos parecidos e, de certa forma, um se agarra no outro contra todas as coisas ruins. Mesmo se conhecendo tão pouco, eles ficam super próximos, confiando contar segredos.


Adorei a forma que a autora construiu seus personagens. Bonnie é uma garota incrível, que vem de uma família cercada de problemas desde que era criança, mas ainda assim consegue ver a beleza na música, sendo sua liberdade. Finn tem toda a aparência de um bad boy, mas é carregado de sentimentos. É pura inteligência quando se trata de números, assim como Bonnie se sente bem com a música, Finn se sente confortável com números. Alma e mente ali se encontraram. Sua mente não para um segundo. Ele só quer reencontrar o sentido da vida e não se envolver em mais confusões, mas a Bonnie torna-se sinônimo de confusão que domina seus dias, embora ele não consiga mais se distanciar dela.

"Como eu pude ter tanto medo de perder alguém que tinha acabado de conhecer? Em menos de uma semana ele havia se tornado a única coisa que importava."

O livro alterna o ponto de vista de Bonnie, narrado em primeira pessoa e Finn, sendo narrado em terceira pessoa. Também traz ao leitor trechos de reportagens sobre o desaparecimento da estrela country, nos deixando mais envolvidos na história, aumentando a curiosidade, prendendo a nossa atenção. A autora também coloca uma espécie de “crítica” a mídia, nós vemos como esse meio, ainda mais a sensacionalista, o quanto ela pode inventar as coisas mais absurdas. Sabemos como a mídia é, mas é inacreditável ver a que ponto eles podem chegar para conseguir audiência, popularidade e lucrar com o fato. Tai ai uma prova que, ás vezes, não podemos acreditar em tudo que é dito nas mídias e o quanto tentam colocar coisas na nossas cabeças, fazendo seus telespectadores acreditarem que é verdade. Isso acontece em todo lugar. Todo esse ar de mistério foi muito bem construída e colocada em pontos estratégicos no livro.


O mais fantástico foi a escrita da autora e a sua total preocupação em manter no livro paralelos entre a história dos dois criminosos lendários que possuem o mesmo nome do casal fugitivo, deixando algumas situações parecidas com os verdadeiros Bonnie e Clyde, conduzindo muito bem o enredo. E também sobre os termos matemáticos (que minha mente de pessoa de humanas não entende), foi muito inteligente e incrível como foram mencionadas, fazendo todo sentido. Foi um livro rico de informações e detalhes.
Uma coisa que sou apaixonada é por capas! E essa capa é maravilinda! <3


Esse foi meu primeiro contato com uma obra de Amy Harmon e não me decepcionei. Amy criou uma história que me prendeu do início ao fim, com personagens fortes, cheios de emoções e sentimentos, carregados de uma vivência complicada. Apesar de ser um romance com algumas coisinhas clichês, a autora colocou toques diferenciados, não deixando algumas coisas na história tão óbvias ao leitor, não deixou chato nem previsível, ela trabalhou bem nesse livro. Uma história de amor envolvente, intensa, com fé e esperança, deixando em evidência a mensagem de valorizar as pequenas coisas da vida, que todos nós temos o nosso melhor e somos muito mais do que aparentamos ser.

“Infinito + um” foi a minha primeira leitura do ano, e digo que comecei 2017 bem em questão de leitura. Recomendo este livro e se apaixone por Bonnie e Clyde... Eu acredito em Bonnie e Clyde!

"Nos últimos anos, venho procurando o que é real (...) Mas a realidade geralmente é feia. A beleza? É mais difícil de definir. É como um pôr do sol. É lindo, faz você sentir alguma coisa. E isso é real. Mas o sentimento dura tanto quanto o pôr do sol. É muito fugaz. Então é fácil acreditar que não é real"

Uma boa leitura para todos!


domingo, 15 de janeiro de 2017

Dica de série: SKAM♥


"Skam", que significa "Vergonha", é uma série norueguesa que começou em 2015 e é composta por 3 temporadas até então. Os personagens vivem em Oslo, capital do país.
Cada temporada de "Skam" foca em um personagem. São 12 episódios por temporada e eles não ultrapassam 40 minutos.
Alguns tem 15, 20 minutos.. o que torna mais fácil para assistir por ser rápido. A primeira temporada tem os holofotes virados para Eva.
OBS: Daniella Ramos Oliveira, Obrigada por me deixar usar as fotos *.* sua linda ♥ ^^

No começo achei a Eva insegura, porém, já amava ela.. E a cena final me fez ver o quanto ela cresceu e o quanto ela foi corajosa por enfrentar as pessoas, os problemas e como ficar bem com ela mesma. Espero que ainda tenha temporadas que foque um pouco mais nela. Meu sonho *.*


A segunda é sobre a Noora (minha favorita) ♥


A Noora é a minha pessoa♥ Toda feminista, focada, red lips, mas com um passado ruim.. A Noora é aquele personagem que de cara você percebe que não quer ser decifrado...


(...)Até o William entrar na história e os muros começarem á cair. Aliás, como não amar o William?
Eu queria um William KK' <3 Impossível não se apaixonar e sofrer junto com eles.

Amores, vou deixar um vídeo dela cantando More Than Words.. Foi isso que me fez querer assistir a série. Encontrei um vídeo lindo dela cantando e apenas surtei, pq essa música é a dona da minha vida desde sempre♥ E já aviso que o vídeo contém um pouco de spoiler (mas é só um detalhe perto de toda a temporada e tudo que vai acontecer) Acreditem!

E a terceira é sobre o Isak.

Composta por dez episódios, o personagem principal é Isak Valtersen. A história é sobre a descoberta da homossexualidade de Isak e sua relação com Even, que sofre de transtorno bipolar. Nem tudo são flores para esse casal e ainda assim eles conseguem transformar um momento ruim em algo bonito. Até agora estou com aquele sentimento de querer ser adotada por eles KK' como não? ♥ E essa cena hein?
 "... Você só precisa estar ali pra ele... e quando tudo parecer sem esperança, só leve um dia de cada vez. E se um dia parecer demais, leve uma hora de cada vez. E se uma hora for demais, leve um minuto de cada vez.
minute by minute 

Resumindo: A série vai focar em problemas do dia á dia.. como problemas com o namorado, traição, transtornos alimentares, abuso sexual, feminismo, intolerância religiosa, homossexualidade e outros diversos temas que são importantes de serem tratados para o público jovem.
Skam é uma série que acaba sendo muito real.. Em algumas cenas as garotas não usam maquiagem, os garotos estão com os cabelos bagunçados.. Os problemas são reais, o drama, o tempo que eles levam para resolver tudo.. É como se você estivesse na pele deles, é super fácil sentir o que eles sentem. Acredito que é impossível assistir Skam e não se apegar aos personagens. E deixando bem claro, estou morrendo de vontade que a próxima temporada seja sobre a Sana, melhor pessoa


E o que falar da Vilde? Ela sempre me tira várias risadas e acredito que uma temporada sobre ela também vai ser incrível.


E quero uma sobre o Eskild também u.u KK'


Resumindo, eu amo todos eles <3

E um ponto legal é que os personagens têm perfis no Instagram como se fossem reais e podemos interagir com eles e acompanhar a troca de mensagens deles pelo site da série (mas o twitter @skambrasil traduz as mensagens caso você não saiba norueguês, KK'). Enfim, se vocês gostam de sofrer, assistam todas as 3 temporadas *.* O pior erro da minha vida foi assistir tudo em 2 dias, porém, vou rever tudo de novo KK' Acima de tudo Skam é sobre amizade, sobre amores, sobre crescimento. Você conhece os personagens de um jeito e no final eles são pessoas tão mais fortes que te inspira á ser mais forte também. Sério, assistam!


Obs: Amores, tem um grupo lindo no face que todo fã da série deveria participar...
Fica a dica ;)


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Resenha: Desventuras em Série - Mau Começo


Título: Desventuras em Série - Mau começo
Autor: Lemony Snicket
Páginas: 152
Editora: Seguinte


       E aí, pessoal! Como estão?
      Não apareço por aqui desde o ano passado, né?
      É sério isso, produção? Eu realmente fiz essa "piada" estilo o tiozinho do "pavê ou pacumé"? haha'
     Depois desse ilustre "olá novamente", antes de qualquer coisa, queria pedir desculpas pelo blog andar desatualizado nos últimos dias, estamos buscando da melhor maneira voltar com os conteúdos e deixar o blog melhor tanto para vocês quanto para nós, ok? 
     Então, bora começar!

    Sexta-feira 13, um belo dia para estreia de uma série com uma história triste (e talvez meio sombria), não é mesmo? Mas para os fãs de "Desventuras em Série" que sonhavam com uma nova adaptação, chegou o tão esperado dia do lançamento que tanto foi falada e esperada! 
   Para quem não sabe, em 2004 foi lançado a sua adaptação cinematográfica, estrelado por Jim Carrey como Conde Olaf, Emily Browning como Violet Baudelaire, Liam Aiken como Klaus Baudelaire e Meryl Streep como Tia Josephine. O filme rendeu ótimas críticas, sendo indicado a prêmios, e inclusive em 2005, ganhou o Oscar de Melhor Maquiagem. Apesar disso tudo, o filme não alavancou e acabou até sendo esquecido para algumas pessoas.

    Como a prova que "a esperança é a última que morre", depois de 13 anos, a história dos irmãos Baudelaire terá uma nova chance graças a linda Netfllx, que comprou os direitos sobre a produção da série baseada nos 13 livros de Lemony Snicket, porém, com um novo elenco. Os novos protagonistas são: Malina Weissman será Violet (na boa, parece irmã da Emily Browning, melhor escolha possível, são muito parecidas), Louis Hynes com o papel de Klaus e Neil Patrick Harris (da série How I Met Your Mothercomo o horripilante Conde Olaf.
    Sendo dividida em oito episódios, a primeira temporada terá seu foco em um livro a cada dois capítulos. ~só adivinhem o que irei fazer esse final de semana? Isso mesmo, maratonar essa série kkkkk'
E detalhe: Terá segunda temporada sim! Inclusive, já foi confirmada! 
   Desventuras em Série está sendo considerada como "o lançamento mais aguardado do ano", junto com a segunda temporada de "Stranger Things" pela Netflix. Sem sombras de dúvidas, há muita expectativas para sua estreia.
Com esse clima da volta de Desventuras em Série, resolvi trazer para resenha do primeiro livro que será contado nos dois primeiros episódios.


       "Mau Começo" é o primeiro da série 'Desventuras em Série' composta por 13 volumes do gênero infanto-juvenil, publicado em 2001 pelo escritor americano Daniel Handler, porém é mais conhecido pelo seu pseudônimo Lemony Snicket. Brett Helquist é o ilustrador da obra, o curioso é que para registrar as vidas trágicas dos órfãos Baudelaire, ele usa lápis quebrados e tinta seca (meio sombrio, eu sei). 
 
"Se vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor ler algum outro livro. Vou avisando, porque este é um livro que não tem de jeito nenhum um final feliz, como também não tem de jeito nenhum um começo feliz, e em que os acontecimentos felizes no miolo da história são  pouquíssimos. E isso porque momentos felizes não são o que mais encontramos na vida dos três Baudelaire."

  O livro nos conta a história de três adoráveis irmãos: Violet, de 14 anos, é super inteligente e adora criar engenhocas que sempre ajudam ela e seus irmãos; Klaus, o irmão do meio tem 12 anos, possui uma memória incrível, ama ler e praticamente já leu todos os livros da biblioteca e temos a Sunny, uma bebezinha que adora morder tudo e a todos e só articula algumas poucas palavras, se comunicando por gemidos. Tinham suas vidas felizes, até que um infortúnio acontece e muda toda a vida dos irmãos Baudelaire.
  Após a morte de seus pais em um incêndio na mansão Baudelaire, o Sr. Poe, amigo da família, responsável pelo testamento e o destino dos irmãos, os avisa da tragédia e que conforme desejo do Srº e Srª Baudelaire, deverá levá-los para serem criados pelo parente mais próximo, que apesar de morar por perto, nunca haviam o conhecido ou até mesmo sabiam de sua existência. Os agora órfãos e também sem lar, foram morar com o tenebroso Conde Olaf, o futuro tutor das crianças, é um ator medíocre e um ser de péssima índole que fará de tudo para abocanhar a fortuna dos irmãos, já que só poderão ter acesso quando atingirem a maior idade. É nesse momento que as desventuras e  a infelicidade dos órfãos Baudelaire começa..



"A morte de um ente querido é uma coisa estranha. É como subir a escada para o seu quarto no escuro, e achar que tem mais um degrau…quando não tem. O seu pé afunda no ar, e acontece um grande momento de grande susto".

       Ao chegarem à residência de Conde Olaf percebem o quanto a casa é velha e suja. Os dias vão passando e o Conde só os maltrata, os fazendo trabalhar o dia inteiro com serviços domésticos, enquanto ensaia as suas peças teatrais, sempre fazendo ameaças e até mesmo já chegou bater em Klaus e isso só aumenta o sofrimento dos desafortunados irmãos.



  A mente maldosa de Conde Olaf não para. Criou um plano para conseguir a tutela legal da fortuna dos Baudelaire, Conde Olaf e sua trupe de circo organizam uma peça de casamento, onde Violet seria a noiva e o Conde, o noivo. Só que os irmãos descobrem toda essa farsa, pois os papéis do casamento são verdadeiros e se Violet assinar, o desprezível Conde Olaf finalmente conseguirá a fortuna dos Baudelaire. Então, os órfãos tentam descobrir um jeito de impedir essa cerimônia e mostrar a todos quem é o Conde Olaf de verdade e todas as suas tramoias contra os irmãos.

"O mundo as vezes pode parecer um lugar hostil e sinistro, mas acreditem: existe muito mais bondade no mundo do que maldade, só precisam procurar com vontade. E o que podem parecer desventuras em série na verdade pode ser o primeiro passo de uma jornada."

  A história é narrada pelo próprio Lemony Snicket contado em terceira pessoa, mas, às vezes, se intromete na história e começa a narrar em primeira pessoa, ou seja, toda a história ali contada é um relato de alguém que buscou informações sobre o acontecido. Além de sua escrita rápida, simples e fácil, é uma trama bem elaborada, com algumas críticas da nossa sociedade e um pouco de humor sarcástico. O diferencial foi a forma que o autor explica o jeito da Sunny de se comunicar colocando uma "tradução", já que apenas seus irmãos a entendem e também com algumas notas de rodapé ensinando a pronúncia das palavras difíceis. O que eu também achei interessante é como foi muito bem trabalhando os personagens, a personalidade de cada um, suas falas e os ambientes citados na obra, atribuindo aspectos de realidade a história. 

"Algumas pessoas encontram conforto apenas por estarem juntas."


  Apesar de toda a tristeza, o lado mais bonito dessa história é que mesmo com todas as desventuras que os irmãos passam, eles sempre permanecem unidos, nos passando a mensagem que mesmo em tempos ruins, o amor consola tudo. A diagramação é ótima, com folhas amareladas, escrita em fonte tamanho grande e com ilustrações feitas em preto e branco no início de cada capítulo. 
Recomendo esta obra por ser uma leitura envolvente, rápida já que o livro é curto, mas que te prende desde as primeiras páginas e com muitas reviravoltas, entretanto, sem um final feliz. Se você gosta de contos de fadas, um felizes para sempre, já deixo aqui avisado que este não é o livro!

     
     Ficou curioso para saber mais sobre a série? E conhecer ainda mais da vida dos órfãos Baudelaire? Assista o trailer e não diga que não lhe dei o aviso sobre os infortúnios que seguem nesta história, cheia de desventuras, confusões e muitos mistérios a serem desvendados.


Essa música da abertura não sai da minha cabeça! Ela é cantada pelo Neil Patrick Harris. Ficou incrível!


Se você também ficou curioso sobre o filme, eu super recomendo! Lógico que entre a série e o filme terá grandes diferenças, mas eu adorei "Desventuras em Série" filme. 
Se não assistiu ainda, tá esperando o quê? Aproveita que está disponível na netflix também, já inclui na sua maratona!


Boa leitura, boa série e bom filme á todos!
 Uma ótima dica para esse final de semana. Aproveitem!