sábado, 30 de janeiro de 2016

Resenha: O pulo da gata





Livro: O pulo da gata
Autor: Fernanda França
Ano: 2015
Gênero: Comédia romântica
Páginas: 286

       ‘’O pulo da Gata’’ publicado pela editora planeta, é o quarto livro da escritora paulistana Fernanda França, ela é também autora dos livros ‘’Nove Minutos com Blanda’’, ‘’Malas Memórias e Marshmallows’’ e ‘’Bolsas, Beijos e Brigadeiros’’

Em o Pulo da Gata conhecemos o mundo de Maggie May, uma jovem veterinária de 23 anos que tem a cabeça um tanto avoada, apesar de ser nova ela não vê a hora de se casar, é seu maior sonho, mesmo tendo uma vida boa, com uma trabalho em que ela se sente realizada, e com família e amigos que ela sabe que sempre pode contar, Maggie só acredita que vai ser verdadeiramente feliz o dia em que realizar esse feito.  


‘’Maggie queria casar de vestido branco, véu, grinalda, brincos de brilhante, buquê de orquídeas, terço, daminha, pajem, orquestra tocando na igreja, aliança larga e com uma grande festa para os convidados. Tinha que ser um evento pomposo para marcar o fim de um ciclo e o início do período mais feliz de sua vida.’’  



Apesar de várias decepções, toda vez que aparece um cara novo, ela acredita que é sua alma gêmea e que irá se casar com ele, essa fissuração por encontrar alguém acaba fazendo Maggie não enxergar as coisas de uma maneira realista. Na quinta tentativa de tentar encontrar seu par perfeito, ela se cadastra em um site de encontros e conhece Felipe, porém no dia do encontro ele acaba não aparecendo e outro cara entra em cena, Erin, um comediante bonito e simpático, que por fim acabaria se tornando um grande amigo. Mesmo depois desse contratempo, ela acaba conhecendo Felipe em um outro dia, um encontro confuso e desagradável, mas não na cabeça dela, e é a partir daí que as coisas começam a ficar embaraçosas, complicadas, difíceis e cheias de reviravoltas. Maggie terá que aprender e passar por muitas coisas para chegar ao seu ‘’felizes para sempre’’ casada ou não. 

 ''Mas a felicidade sempre nos encontra, não importa quantas vezes tenhamos errado, ela acerta. Não tem problema quantas foram as tentativas frustadas, ela sempre é bem sucedida. Na hora certa, no momento certo. Mesmo quando tudo parece errado.''


Eu gostei muito da Meg, ela é uma garota normal, ingênua, cheia de erros, mas também de acertos, apesar de as vezes enxergar as coisas de maneira equivocada e distorcida, ela é inteligente, sonhadora e cheia de ideais admiráveis. Não só ela, mas outros personagens também me conquistaram muito, como Erin e suas melhores amigas Vida e Luiza que se mostraram grandes pessoas, seu amoroso pai que sempre tinha os melhores conselhos e um casal de velhinhos muito simpáticos.

''Os pessimistas diriam que não existe nada de bom nas situações duras da vida. Mas quem é que dá ouvidos a uma pessoa pessimista? Se não fosse possível aprender nada com a dificuldade, nunca sairíamos dela."

  Eu sou apaixonada pela escrita da Fernanda, já li todos os seus livros, ela tem uma escrita única e delicada. Em um romance doce e divertido ela consegue tratar de assuntos sérios que são muito importantes e atuais, tudo isso de uma maneira leve, e nessa história não foi diferente, eu achei incrível e admirável o que ela abordou nesse livro, claro que vocês só irão saber do que estou falando se lerem a história, a autora sempre tem algo a nos ensinar, suas histórias são inspiradoras. Eu ri, me diverti, me emocionei e mais uma vez fiquei surpreendida a cada virada de página. Não posso deixar de comentar o trabalho excelente da editora na diagramação e capa do livro, ficou linda, rica em detalhes e desenhos que deixaram o livro uma graça.

O pulo da gata é um livro apaixonante e com ensinamentos para levar para vida toda, é uma leitura que recomendo não só para todos os amantes de um bom romance, mas também para jovens e adolescentes. 


Segue um vídeo da escritora falando sobre o livro ;) 




                      


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

[Playlist] Indicação de hoje: Philip Philips


       Philip Philips é um cantor e compositor norte americano, participou da décima primeira edição do American Idol, vencendo e ficando conhecido, em 2013 participou do Rock in Rio e apesar de ser o primeiro show com uma plateia tão grande, conseguiu deixar a multidão super envolvida e animada.    

      Eu acompanho o Philip desde o começo, desde quando ele fez a audição para entrar no American Idol, e a partir desse dia torci pra ele ganhar, com um talento que diferenciava ele dos outros, venceu todas as etapas, lembro que quando ele chegou na final eu fiquei nervosa e ansiosa com medo que ele não conseguisse. A música que ele compôs pra tocar na sua ultima apresentação do programa foi a Home e será uma das minhas indicações de hoje. 


       Amo todas as músicas dele, as letras e as melodias são lindas e verdadeiras poesias, mas escolhi as 3 favoritas que são ‘’Home’’, ‘’Gone, Gone, Gone’’ e ‘’Unpack your Heart’’. 

        Espero que gostem tanto quanto eu :) 

                   

                   


                   


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Música da madrugada: Coldplay - The Scientist


      
        Sempre fui fã do Coldplay, a música "The Scientist”  é uma música extremamente tocante, emotiva. triste e que não deixa de ser uma das minhas canções favoritas. Essa música mexe comigo, a ponto de não saber explicar a mistura de sentimentos que ela traz em mim, e só de ouvi-la meu coração bate mais forte e os pensamentos vão longe e chegam algumas lembranças que foram marcadas em mim. Uma música que me faz refletir sobre o passado e perceber os  erros que foram cometidos por nós, me fazendo lembrar de que tudo poderia ter sido diferente se eu tivesse feito a escolha certa.



        No começo a letra dessa música não fazia nenhum sentido pra mim, eu apenas gostava de ouvi-la, e aos poucos ela se tornou algo único e especial, fazendo a minha mente ir longe, em outro lugar, o qual apenas eu sei onde fica. Essa música me emociona, uma melodia  mas um lugar só meu, como se fosse o meu refúgio, vai chegando bem no fundo da alma com a sua melancolia que chega a ser viciante. 
      Ela representa algo que tivemos que dizer adeus. Às vezes, em nossas vidas, coisas acontecem e não entendemos o motivo, mas creio que nada é por acaso, é tudo um grande aprendizado, algumas pessoas têm mais dificuldade em aprender e entender circunstâncias da vida, e sem querer acabam estragando tudo. Deste modo, precisamos de um recomeço e  como um trecho da música nos mostra:
"Ninguém disse que ia ser fácil... Mas também não disseram que seria tão difícil assim”.


       E como o vocalista Chris Martin disse sobre a composição da música: “O mundo pode estar um caos, mas você só está pensando em alguém...”




quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Resenha: Eleanor & Park


Título: Eleanor & Park
Autora: Rainbow Rowell
Páginas: 328 
Editora: Novo Século

       "Eleanor & Park" é um romance de Rainbow Rowell, uma autora norte-americana que está se tornando conhecida aqui no Brasil. Conhecido pelo gênero Young Adults (Jovens Adultos), a história se passa na década de 80, narradas em capítulos, na sua maioria, curtos e de rápida leitura, divididos em partes com o ponto de vista de Park e partes pela Eleanor e narrados em terceira pessoa, o que torna a história muito mais interessante e envolvente. Desse modo, os personagens dividem seus sentimentos e pensamentos, em meio de conflitos familiares e problemas da adolescência, abordando alguns temas críticos da época como discriminação e bullying.



       Quando Eleanor, uma garota novata de dezesseis anos, independente, que não liga para o que os outros pensam, chega em um novo colégio depois de uma grande mudança em sua vida, quando ela aparece no ônibus da escola em seu primeiro dia de aula, Park, o garoto coreano, imediatamente não gosta muito dela. Acha a garota estranha e ele se esforça para não chamar a atenção, então tenta ficar longe dela. Esse definitivamente não é um caso de amor à primeira vista e semanas se passam sem que eles troquem uma palavra, Park chega a ter uns pensamentos meio maldosos sobre a garota. Até que um dia, Park resolve falar com Eleanor, assim, descobriu algo em comum entre eles: a música (no livro retrata bastante, principalmente The Smiths o que eu gostei bastante, porque curto essa banda) e revistas em quadrinhos, chegando a emprestar seus HQs e gravar músicas para Eleanor, com isso, Park acaba desenvolvendo uma amizade com ela, e com o passar do tempo isso se transforma em amor. O romance demora bastante para surgir, porém assim que começa, eu acredito que tenha evoluído meio rápido demais.

       "Quando Park entrou no ônibus, deixou os gibis e a fita dos Smiths ao seu lado, para que ficassem ali, esperando por ela."

A vida de Eleanor não é fácil; ela passou um longo período fora de casa e ao voltar, tem que enfrentar tudo aquilo que quisera fugir, que para ela, é um pesadelo: a submissão da mãe e a agressividade do padrasto, junto a pobreza da família e a carência dos irmãos mais novos. E, apesar de tudo, é amorosa com os irmãos e tenta os proteger. Ao longo da história, notamos que Eleanor sente medo, dor e desprezo pela situação que sua família se encontra, sofre com a violência verbal por parte de seu padrasto e para piorar, no colégio é vítima de insultos que a magoam e a faz se sentir cada vez mais deslocada e com baixa auto-estima, com tudo isso, se "esconde" do mundo. No caso de Park, aparentemente a sua família é perfeita, mas logo percebemos que o garoto precisa bater de frente com seu pai que é muito machista e não tolera algumas atitudes do filho. 



"Sempre que via Eleanor, ele não conseguia mais pensar em se afastar. Não conseguia pensar em mais nada. A não ser tocá-la. A não ser fazer qualquer coisa que pudesse ou tivesse de fazer para vê-la feliz."

A característica em comum entre os dois, é que ambos não se encaixam no padrão de beleza ditado pela sociedade desde sempre, no caso da história, em 1986. Eleanor é ruiva, cabelos sempre bagunçados, gordinha. Não usa roupas descoladas, é extremamente tímida e (quase) sempre está de cara fechada. Já Park, é metade coreano, metade norte-americano, um leitor de HQs e sempre está com fone de ouvido pendurado. Sem dúvida, o fato de se sentirem "diferentes" fez com que os dois se aproximassem e se apoiassem em uma relação de afeto e carinho. Os dois encontram um no outro conforto, companheirismo que sempre sentiram falta, e Eleanor percebe que sua aparência não impediu que Park  se sentisse atraído, ele a salvou e a ajudou a vencer seus medos e angústias.

"Não existem príncipes encantados, pensou ela. Não existem finais felizes. Ela olhou para Park. Dentro dos olhos verdes dele. Você salvou minha vida, ela tentou dizer. Não para sempre, não definitivamente. Provavelmente, só por certo tempo. Mas salvou minha vida, e agora eu sou sua. O que sou agora é seu. Para sempre."

Esse foi meu primeiro contato com alguma obra da autora e eu a-m-e-i, é rápida, leve e de fácil entendimento, li em dois dias.  Quando vi o livro pela primeira vez na prateleira da livraria, achei a capa linda e quando li a sinopse atrás, me apaixonei e precisei conhecer mais sobre a história. A escrita é muito gostosa e deixa o leitor tão curioso que só consegue pensar no casal e se tudo vai dar certo no final, como qualquer outro romance lido. Eu recomendo! Esse livro se tornou um dos meus livros favoritos. É uma história brilhante, apaixonante e que vale muito a pena, um romance diferente, pois trata-se do primeiro amor de dois adolescentes, um tipo de amor sincero, real e bonito de acompanhar. Um dos livros mais fofos que já li. <3



"- Por que você gosta de mim? - Não gosto de você – ele disse. - Eu preciso de você." 
       
       Apesar de eu ainda achar que a autora desenvolveu muito rápido a história e quando chegou no final, senti que faltou algo e deixou uma 'lacuna aberta', ou seja, o livro terminou mais como se não tivesse terminado (confuso, eu sei kkkk'), mas isso faz com que o leitor se aprofunde ainda mais na história e entenda os motivos que levaram a este fim, o que me deixou angustiada por uns dias. (Não darei spoiler aqui, leia e descubra! haha'). Mesmo assim, Rainbow conseguiu criar personagens doces e cativantes em meio de seus problemas, características e pensamentos de todo adolescente. É uma leitura que todos deveriam fazer em algum momento de sua vida.